ABRAHAM LINCOLN: A VIDA DE UM ILUSTRE PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS

A controversa história dos Estados Unidos passa diretamente pelas mãos de seus líderes, e sem dúvidas o, 16° presidente norte Americano Abraham Lincoln foi uma dessas figuras. Lincoln nasceu no dia 12 de fevereiro de 1809, o segundo filho do casal Thomas e Nancy Lincoln, que também tinha mais dois filhos, Sarah e Thomas.

Sua família não era necessariamente rica, e tirava seu sustento dos 81 hectares de terra que seu pai possuía, sendo boa parte de sua renda a partir de plantações ou criação de animais, fato que mudou quando seu pai se envolveu em um imbróglio judicial que determinou a tomada de suas terras para fins jurídicos. Por esse motivo, Lincoln e sua família se mudaram para Indiana, em 1816, onde seu pai passa a viver de pequenos trabalhos sem possuir uma renda fixa, tendo por vezes trabalhado em múltiplos ofícios de uma só vez para manter sua família.

Com uma vida bastante humilde, onde por mais que nunca faltasse comida em sua casa, não existiam também regalias, e após alguns anos, em 1818 sua mãe acabou falecendo em Little Pegeon Creek, comunidade onde residiam na época, e acredita-se que tenha sido vitimada pela doença do leite, causada por uma toxina liberada no leite de vaca ou em sua carne (também na carne de boi) e quando consumida pode levar  a óbito. Com a morte de suas mãe, Lincoln se casou com Sarah Bush, uma jovem viúva e mãe de três filhos, aqui acontece outro marco na história do futuro presidente, pois Abraham Lincoln nunca tinha sido um estudioso, e seus estudos foram limitados a uma educação formal básica, mas quando se casa com Sarah, a mesma o incentiva a ler e procurar por estudos mais aprofundados.

Assim, durante sua juventude e começo da vida adulta, ajudou seu pai no campo com trabalho braçal, e em seu tempo livre, gostava de ler e estudar. Em 1831 se mudou para Nova Salém, onde conseguiu um emprego como lojista, em seguida agente de correios e agrimensor. A falta de estabilidade em um emprego o fez se alistar voluntariamente no exército, onde em 1832 participou da guerra de Black hawk contra os nativos norte americanos pelo controle de terras. Embora não tenha ido ao campo de batalha, liderou uma companhia de soldados e se demonstrou um excelente estrategista, recebendo garantia de terras ao fim de seus trabalhos militares.

Em 1834, ao voltar para sociedade civil depois de dois anos no exército, buscou concorrer a um cargo na Illinois House of Representatives, uma espécie de parlamento da região onde vivia, eleito e se mantendo na instituição de 1834 a 1842, dedicando-se também no período a cursar direito. Nesse momento, o nome Abraham Lincoln já não era mais estranho aos ouvidos nortes americanos, uma boa passagem no exército, um bom mandato na casa dos representantes do Illinois e status de honestidade e inteligência o elevou a figura pública, era o momento exato para alçar voos maiores.

Na década de 1840, quando  terminava seu mandato em Illinois, procurou meios para se eleger na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, na capital, onde conseguiu se eleger em 1847, ocupando uma das cadeiras até 1849, ficando marcado, por sempre manifestar contrario a conflitos como o da guerra do México, e sendo um fiel defensor de liberdades individuais. Após um bom mandato, já se aproximando da velhice, Lincoln se dedicou a advocacia, porém, os anos seguintes foram os conturbados anos da famosa guerra civil Americana, ou guerra da secessão.

Como muitos, Lincoln era contrario à expansão da escravidão, e abolicionista de carteirinha, se revoltou com a lei Kansas-Nebraska, que liberava a utilização de mão de obra escrava em novos territórios. Os partidos políticos entraram em rota de colisão, e racharam entre si, e um deles era o partido que Lincoln era filhado, chamado de Whing. Do racha nesse partido, se originou o Partido Republicano, e um dos nomes mais conhecidos e de influência o suficiente para conseguir alternar rotas do país era o de Abraham Lincoln, apontado para disputa de uma cadeira no senado para representar Illinois, seu oponente, Stephen Douglas, acabou vencendo em 1859.

Mas a rivalidade entre os dois personagens não acabou ali, e no ano seguinte, em 1860, Abraham Lincoln declarou que iria concorrer a presidência dos Estados Unidos, sendo o principal representante da questão da escravidão, e nesse período, o Norte estava declarado como abolicionista já o sul como escravocrata, o que não queria dizer que os nortistas eram tolerantes, não eram! Mas eram contra o trabalho forçado dos afro-descendentes. Na eleição, os votos dos democratas se dividiram entre John Breckinridge e Stephen Douglas, permitindo que Lincoln vencesse com 40% dos votos, conquistando 180 dos 303 votos possíveis do colégio eleitoral.

A eleição de Lincoln significou o estopim para o conflito entre nortistas e sulistas, deflagrando a Guerra Civil dos Estados Unidos (ou Guerra de Secessão) que tinha como base a revolta do sul na tentativa de criar uma nação, que não fosse abolicionista e não dependesse das decisões da União. A guerra foi extremamente violenta, e embora o Norte tenha saído vitorioso, milhares sucumbiram em campo de batalha, e já em seu segundo mandato como presidente, promoveu a reunificação conciliatória com os estados do sul, no processo conhecido como ‘’Reconstrução’’.

Embora a guerra tenha acabado e tratados de paz e reintegração com a união já estivessem assinados, a divisão ideológica das duas regiões ainda permanecia alta, e no dia 14 de abril de 1865, Abraham Lincoln assistia a uma peça de teatro em Washington, quando sua cabine foi invadida por um homem, que disparou contra a cabeça do presidente, que acabou falecendo no dia 15 de abril. O assassino era John Wilkes, um ator rac1sta defensor dos confederados, e mesmo que tenha fugido da cena, foi encontrado dias depois na Virgínia, onde morreu após trocar balas com policiais. Outras oito pessoas foram acusadas de envolvimento com a morte do presidente, onde quatro foram enforc@das, três condenadas a prisão perpétua e outra a seis anos de prisão.

Ainda nos dias de hoje, Lincoln é lembrado como um dos maiores presidentes da história norte-americana, sendo um símbolo da ascensão constitucional americana e da luta pelas liberdades individuais.

Texto retirado do site Estudos Históricos. 

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