DONA BRANCA: OH MARIA!!!

 “ BRANCA

Alva…

Horas MÁGICAS…

Poderia dizer que trouxeste em uma vasilha encantadora – a rapadura – e a faca de ouro.

Mas não, foi em um papel de pão mesmo.

Em voz meiga com sinais de primavera entre os dedos dizia:

_vamos partir o substantivo rapadura e distribuir para aguçar o cérebro, estimular a criação… Veremos da morfologia até a criação da poesia.

Rapadura sempre estimula; o verso, a linha do aprender…

Mas eu queria era o doce do mel dos teus olhos metafóricos, oh MARIA.

Mas insistia… rapadura doce, benéfica – eis seus adjetivos.

Eu queria o canto da tua doce voz presa em fitas de bordados

De vozes –pacíficas- analíticas de sujeitos sem jeitos poeticamente poéticos em lembranças de praças e horas…

… O BRILHO DOS TEUS OLHOS… em quintais de magia e jardins de … orquídeas… em traços e cores de poesias …

Mas eu queria era o mel da rapadura escorrendo entre teus dedos de magnífica dama entre lua e estrela

… também queria as avencas formando sujeitos simples …

Mas o que obtinha era martelos e pratos para a explanação de períodos compostos; a concretude da oração.

Pois a abstração do ser trazias no leque da tua alma;

Ensinando-nos a ser na prática a poesia que há em nós. Eu escolhi a lente da poesia para enxergar a vida.

Nesse processo ao tom – acrescente, oh DONA BRANCA

O aroma entre os galhos de árvore e o sonho de delicados ninhos de delicados e delicados;

… e o inesquecível sabor de aguçada rapadura…

… perdida e encontrada entre trigos e poemas da voz que se reencontra dentro de mim…”

Texto da professora, poeta e teatróloga Elene Maria em homenagem a escritora dorense Maria das Dores Caetano Guimarães.

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