PERSPECTIVAS DO TURISMO GLOBAL EM 2013


O turismo global está se mostrando resistente à desaceleração econômica generalizada, pois o número de viajantes em 2012 se aproximou dos números anteriores à crise, gerando uma certa estabilidade no setor, disse a Organização Mundial de Turismo (OMT) das Nações Unidas. A sustentação da atividade turística em termos mundiais está acontecendo pelo grande impulso de viajantes da países dos BRIC (Grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China), dado que essas nações sofreram menos com a crise econômica mundial do que os demais.

A Europa continuou sendo a região mais visitada por turistas em 2012, mas a região da Ásia e do Pacífico está se aproximando, registrando a maior alta no número de visitantes no ano passado, e devendo repetir a dose em 2013.
 
Os desembarques turísticos internacionais ultrapassaram em 2012 pela primeira vez a marca de 1 bilhão, e o número de visitantes cresceu 4 por cento. A OMT prevê um crescimento semelhante em 2013. "2012 viu uma continuada volatilidade econômica ao redor do globo, particularmente na zona do euro. Mas o turismo internacional conseguiu se manter no rumo", disse em nota o secretário-geral da entidade, o jordaniano Taleb Rifai.

Os turistas também gastaram mais, numa cifra puxada pelo esbanjamento de chineses e russos. Os gastos dos chineses no exterior tiveram alta de 42 por cento em relação ao ano anterior; no caso dos russos, o aumento foi superior a 30 por cento.

O resultado registrou o aumento do faturamento turístico para destinos populares, especialmente Hong Kong, Estados Unidos e a Grã-Bretanha, que foi sede dos Jogos Olímpicos de 2012 e por isso não teve seu turismo tão comprometido.

Na zona do euro, atingida por medidas de austeridade, os turistas cortaram gastos - principalmente os franceses, que desembolsaram 7 por cento a menos. As praias ensolaradas do sul da Europa atraíram mais turistas em 2012, mas a Europa Central e Oriental superaram os balneários da Grécia e Espanha em termos de crescimento, registrando uma expansão de 8 por cento no número de visitantes internacionais, contra 2 por cento do sul do continente.

Mais ao sul, a África se recuperou em 2012 e recebeu 52 milhões de turistas. Depois de uma queda de 1 por cento em 2011, associada aos conflitos que assolam o continente, o número de visitantes subiu 6 por cento no ano passado. Até mesmo o Egito, apesar das turbulências políticas persistentes, teve uma clara recuperação em relação ao ano anterior. Outros lugares do Oriente Médio, no entanto, registraram um recuo.

A região com maior crescimento turístico foi a Ásia/Pacífico, com 15 milhões de visitantes, ou 7 por cento a mais do que no ano anterior. Para 2013, a previsão é de uma expansão de 5 a 6 por cento.

No Brasil a perspectiva para a atividade turística em 2013 é muito boa. Com a execução de grandes eventos internacionais, como a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro e da Copa das Confederações, aliado ao crescimento contínuo do crescimento doméstico, o futuro dos diversos segmentos está bem traçada. Mas ainda há grandes percursos a serem enfrentados, sobretudo na questão de qualificação profissional de restaurantes, bares e hotéis, a fraca infra-estrutura aeroportuária e a própria infra-estrutura das cidades.

Em 2012, o Ministério do Turismo no Brasil registrou avanços frentes as enormes dificuldades enfrentadas, seja nos grandes centros urbanos ou nas pequenas e nos distantes municípios. Com uma estruturação governamental em todos níveis de qualidade e com a redução significativa de desvios de verba pública, as políticas nacionais e regionais podem incentivar e investir melhor na qualificação, estruturação e divulgação do destino.

Em suma, a perspectiva de crescimento e desenvolvimento do turismo em 2013 são as melhores possíveis, visto a melhoria da atividade econômica da maioria dos países nos últimos meses e também no aumento sustentáveis de viagens nacionais e internacionais que estão ocorrendo em todo mundo.

VEJA VÍDEO MOSTRANDO O TURISMO ALCANÇANDO 1 BILHÃO DE VISITANTES EM 2012.


  
Fonte: Reuters Brasil.

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