POR UMA ATITUDE TURÍSTICA PESSOALIZANTE


O turismo é uma atividade que pode ser motivada e sensibilizada basicamente através de dois mecanismos: o primeiro é com relação ao aspecto tangível, tudo que é concreto e que o visitante pode pegar, segurar e apalpar; já o segundo mecanismo é com relação a intangibilidade, em que o sentido das coisas e dos objetos tornam-se os principais elementos para a condução de uma viagem ou visita. Nesses aspectos intangíveis, a questão visual e sensorial conta muito, pois é nisso que as pessoas vão sentir na realidade a alma, a riqueza, a beleza de uma localidade, de um povo ou de uma manifestação.

Esse chamado “turismo pessoalizante” dá foco nas pessoas, no que elas sentem, produzem e fazem, no modo mais simples que possa aparecer. Se a atividade turística pessoalizante tornasse como relevante o modo de ser do brasileiro, já que o país é riquíssimo na sua diversidade cultural e natural, o turismo se tornaria uma atividade de cultuação do povo e estaria entre as atividades que mais gerariam emprego e renda, melhorando as condições de vida das populações interioranas e dos mais necessitados nas grandes áreas urbanas.

De um lado, estaria a pessoa que vai realizar o ato turístico, aquela pessoa que disponibiliza tempo e dinheiro para satisfazer alguma necessidade. Já na outra ponta está as pessoas que irão receber os viajantes, no primeiro o desconhecido gera dúvida e consequentemente a desconfiança, entretanto, com o passar do tempo, o contato direto vai gerando uma afetividade e um desejo de conhecer a localidade pelo turista e passar as informações culturais, naturais pelo morador local. Assim a atividade turística se faz muito mais enriquecedora quando há o contato entre o morador e o visitante, de modo que todos explorem ao máximo os sentimentos, as emoções, a alma daquele lugar e daquelas pessoas.

Mas também tem o outro lado da moeda, nem sempre a interação morador/visitante é proveitosa, de maneira que possa ter um estranhamento por ambas partes, e esse estranhamento deve gerenciado principalmente quando a comunidade local não é muito receptiva e os turistas que chegam deturbam o ambiente normal, que geralmente é simples e calmo.

Os planejadores e gestores do turismo precisam dessa convivência e dessa experiência para ver se o chamado “turismo pessoalizante” seria uma prática que seria necessária e conveniente da a estrutura e o perfil dos moradores e turistas.

O MINEIRO E O QUEIJO, UM EXEMPLO DE TURISMO PESSOALIZANTE

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