UM POUCO DA HISTÓRIA DIPLOMÁTICA DO VATICANO

A história diplomática do Vaticano começa no século IV, porém os limites do poder do papado evoluíram ao longo do tempo e séculos. Os papas, e as suas prerrogativas de poder temporal, lideraram uma grande parte da península italiana, incluindo Roma, por um milênio. 

A justificativa histórica para este poder temporal reside na Doação de Constantino, uma falsificação pelo qual o imperador Constantino I havia dado primazia ao Papa Silvestre sobre as Igrejas Orientais e o Imperium (poder imperial) ao Ocidente. (o caráter apócrifo deste documento foi elaborado em 1442 pelo humanista Lorenzo Valla). Os territórios dos Estados Pontifícios, antecessor ao atual Vaticano, haviam sido doados em 756 por Pepino, o Breve, rei dos francos pela Doação de Pepino.

Essa incômoda questão de disputas entre o Estado e a Igreja, chamada Questão Romana só terminou em Fevereiro de 1929, quando o ditador fascista Benito Mussolini e o Papa Pio XI assinam o Tratado de Latrão, pelo qual a Itália reconhece a soberania da Santa Sé sobre o Vaticano, declarado Estado soberano, neutro e inviolável. 

A concordata também concede indenização financeira ao papado pelas perdas territoriais da unificação e torna o catolicismo a religião oficial da Itália. Os termos da concordata são ratificados em 1947 pela república italiana.  Embora a cidade de Roma fosse ocupada pela Alemanha nazista a partir de 1943 e pelos Aliados em 1944, a Cidade do Vaticano em si não foi ocupada.

Texto de Rodrigo Veridiano.

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