OS BÁLCÃS

A região dos Bálcãs foi a primeira região da Europa a sentir a chegada de culturas agrícolas na era neolítica. As práticas de cultivo de cereais e gado chegaram na região dos Bálcãs a partir do Crescente Fértil, através da Anatólia, e espalhou-se para o oeste e norte da Panônia e na Europa Oriental.

Indícios arqueológicos concluíram que a região é habitada desde o ano 20.000 a.C. pelas culturas Aurignacaiana e Gravetiana. A cultura neolítica foi desenvolvida a partir do ano 7 000 a.C., entre essa cultura, estava uma arte cerâmica decorada. A partir do ano 3 500 a.C., a região foi colonizada por seminômades provenientes das estepes russas, e posteriormente por povos da Europa Central. A região pertenceu a vários povos, como persas, gregos, romanos, bizantinos e otomanos. Povos como sérvios, búlgaros e magiares, também conseguiram estabelecer pequenos impérios na região, contudo, não contiveram o avanço do Império Otomano, que estenderam seu império à região na segunda metade do século XIV. 

Na pré-clássico e na Antiguidade Clássica, esta região era a casa dos gregos, ilírios, trácios, dácios e outros grupos antigos. Posteriormente, o Império Romano conquistou a maioria da região e propagou a cultura romana e a língua latina, mas uma grande parte ainda ficou sob influência clássica grega. Durante a Idade Média, os Bálcãs se tornaram palco de uma série de guerras entre o Império Bizantino, o Império Búlgaro e o Império Sérvio.

Possivelmente o acontecimento histórico que deixou a maior marca na memória coletiva dos povos dos Balcãs foi a expansão e a posterior queda do Império Otomano. Até ao final do século XVI, tornou-se a força de controle na região, embora tenha sido centrado em torno da Anatólia. Muitos povos dos Balcãs e Cárpatos colocam seus maiores heróis populares tanto no ataque ou na retirada do Império Otomano. Como exemplos, para os croatas, Nikola Subic Zrinski e Petar Kružić; para os sérvios, Miloš Obilić e o czar Lazar; para os albaneses, Skanderbeg; para os macedónios, Nikola Karev; para os bósnios, Husein Gradaščević; e para búlgaros, Vasil Levski, Georgi Sava Rakovski e Hristo Botev. Nos últimos 550 anos, devido às frequentes Guerras Otomanas na Europa e em torno dos Bálcãs, e no isolamento comparativo da maioria da população otomana do avanço econômico que reflete a mudança comercial e política do centro da Europa para o Atlântico.

Texto retirado do site Estudos Históricos. 

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