A COMITIVA DE ROSA

Além do escritor, oito vaqueiros faziam parte da comitiva. Manuelzão era o capataz, o homem de confiança do dono da boiada, que mais tarde foi lembrado pelo escritor na estória “Uma Estória de Amor, festa de Manuelzão”, do livro Corpo de Baile. 

Os outros vaqueiros eram: Tião Leite, Gregório, Bindóia, Aquiles, Santana e Zito, o vaqueiro poeta e cozinheiro, além, é claro, de Chico Moreira, o dono da boiada. 

Eram sete horas diárias de cavalgada e um cardápio tropeiro que praticamente não mudou desde então: feijão, farinha, arroz e carne seca.

A experiência com a boiada proporcionou ao escritor inúmeras referências: geográficas, de flora e de fauna, de costumes, de lendas, de tipos psicológicos e até de negócios. Algo que foi de extrema importância para o processo criativo do autor de Grande Sertão: Veredas, obra prima da literatura brasileira, que viria ser publicado quatro anos após essa travessia pelo sertão.

Outras obras de Rosa, também sofreram influências dessa viagem, como Corpo de Baile e até mesmo Tutaméia, último livro publicado por Guimarães Rosa em 1967, ano de seu falecimento. Nesse livro, o escritor faz menção ao vaqueiro poeta Zito ao expor alguns de seus diálogos com o vaqueiro durante a viagem.

Texto do Museu Casa Guimarães Rosa. 

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