CLUSTERS TURÍSTICOS: UM ESPAÇO PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Nesse novo contexto mundial, em que a globalização exerce importante influência sobre as decisões das pessoas, empresas e governos, o contexto regional se torna de suma importância, essencialmente devido ao processo de competitividade. A ideia é que em uma região, tenha-se um polo, que comande ou oriente as ações turísticas naquele lugar, e não no sentido no processo de competitividade, de concorrência bruta. Se sabe que a atividade turística este conceito de polo começou a ser questionado pelo êxito dos clusters em outros setores da economia como o da informática, o automobilístico e o setor químico, por exemplo.
Os elementos que melhoram a
vantagem competitiva de cluster são basicamente: massa crítica, natureza da
demanda, estratégia competitiva, estratégia comparativa e estratégia de
relacionamento com o cliente.
Massa crítica é o conjunto dos
fatores básicos necessários para o desenvolvimento do destino turístico, como a
integração dos recursos turísticos, cultura, infra-estrutura, folclore e
superestrutura. A natureza da demanda se destaca três fatores: o primeiro é a
natureza, os desejos e as expectativa do consumidor, o segundo é o potencial da
demanda e o terceiro fator são os padrões de qualidade ou sofisticação dos
elementos abordados. O terceiro elemento é a estratégia competitiva, para Poter
(1996), uma rivalidade interna vigorosa, sem restrições e sem igualdade de
condições para competir, cria um ambiente fértil no qual as empresas do cluster
podem crescer competitivamente. Já a estratégia cooperativa básica do cluster
tem propriedade principal o estreitamento das relações entre as organizações
regionais, para criar uma rede de sinergias em busca de objetivos comuns como a
satisfação do cliente e da comunidade local. Por último temos a estratégia de
relacionamento com o cliente. Nos modelos de gestão atuais, os relacionamentos
com os clientes são altamente hierarquizados e os clientes com seus inputs
(necessidades, desejos e expectativas), otimizam a configuração do sistema,
retroalimentando com o processo simultâneo de produção, consumo e evolução.
Uma região que pode ser considerada
um cluster é o nordeste brasileiro. O governo do Brasil junto com o BID buscam
promover uma nova cultura para o desenvolvimento da região. Segundo The Pro-Northeasth
Initiative, a região nordeste está na segunda fase de organização do cluster
turístico. Durante a primeira fase foi desenvolvido um diagnóstico inicial de
evolução dos destinos nacionais e internacionais
com mais de 100 entrevistas aos representantes dos polos turísticos locais e
dos estados nordestinos. Sequentemente, foram organizados grupos de trabalho em
três estados da região, que iniciaram o processo de identificação dos desafios
competitivos e soluções compartilhadas.
De acordo com The Pro-Northeasth
Initiative, o maior desafio que o nordeste enfrenta no desenvolvimento do
cluster turístico não é a falta de conhecimento interno sobre os problemas a
serem enfrentados e sim é a vontade e capacidade das forças regionais de
assumir a responsabilidade e trabalhar sinergicamente para resolvê-los, tendo,
assim sendo, um desenvolvimento incipiente.
Fonte: TOLEDO, Geraldo Luciano;
VALDÉS, Jesús Álvarez; PALLERO, Álvaro Castroman. Turismo no Ambiente
Globalizado e sua Reconfiguração Espacial para um Desenvolvimento Regional:
Estudo de caso de clusters turísticos.
Caro Leonardo!
ResponderExcluirAdorei seu blog. Além das postagens um grande número de links com informações sobre turismo e viagens. Bacana mesmo. Sempre que poder estarei por aqui.
Abraços e um ótimo fim de semana.
Milton!
Milton, obrigado pelas palavras. Procuro sempre postar postagens que tem relação com o curso que faço (turismo) aliado ao que as pessoas desejam saber sobre lugares, eventos, políticas públicas...
ResponderExcluirUm ótimo final de semana para você também!
Abraços.
Léo.